<b>Sobre heróis índios, arautos modernos e a performatividade das manchetes: a auralidade de O Guesa, de Sousândrade, ou a epopeia como meio de comunicação</b>
DOI:
https://doi.org/10.1590/rbcc.v35i1.1096Keywords:
Jornalismo. Literatura brasileira. Sousândrade. Oralidade e literalidade. Epopeia.Abstract
Este artigo enfoca O Guesa, epopeia do poeta romântico brasileiro Sousândrade. Partindo da metodologia dos Estudos Teatrais e do conceito de ‘auralidade’, que implica a combinação de um texto escrito com a sua recitação pública diante de um auditório, dá-se atenção especial ao texto da representação épica, de maneira que se analisa a epopeia não como gênero literário, senão como um meio de comunicação que relaciona o poeta com o seu público. O Guesa contém vários elementos – por exemplo, arautos modernos que vociferam a sintaxe característica das manchetes dos jornais do século 19, bem como o jogo recorrente com a polissemia e a homofonia – que requerem uma encenação performativa do texto épico escrito. Com a interligação da escrita clássica (épica) e modernos recursos literários (do jornalismo) consegue Sousândrade uma reformulação da expressão literária. Isto não se limita apenas ao nível textual, mas a reformulação se reflete na diversidade das fontes e faz aparecer O Guesa em um contexto pan-continental e pan-medial.Downloads
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